Elizabeth Chagas reconhece, porèm a necessidade de mais ação do governo no setor A alta nos preços dos alimentos, que seria motivo de comemoração para produtores rurais, não afasta as preocupações. O motivo e o aumento nos valores dos fertilizantes, que ainda pressiona para cima os custos de produção.
Para se ter uma idéia, nos primeiros quatro meses do ano, os valores dos fertilizantes subiram cerca de 40%, de acordo com o Índice de Preços por Atacado, da Fundação Getúlio Vargas. Segundo a consultora em Agronegócios e Logística, Elisabeth Chagas, a alta do petróleo e a forte demanda de países como China, Índia e Estados Unidos formam os preços.
Apesar de reconhecer que os fertilizantes estão caros, Elizabeth avalia que o Brasil não tem motivo para reclamar.
- Nós temos clima e condições de plantio extremamente favoráveis. Tudo isso faz com que o agricultor brasileiro, mesmo a esses custos mais altos, no fim de tudo isso, nós vamos sair com lucro – disse ela em entrevista ao Agribusiness Online, nesta terça-feira, dia 13.
Segundo a especialista, o agricultor pode ficar tranqüilo, já que, pelo menos nos próximos três anos, não há expectativa de redução nos preços dos principais produtos agrícolas.
Ela afirmou ainda que chegou a hora do governo tomar uma atitude para fortalecer a indústria nacional de fertilizantes. Elizabeth Chagas explicou que, sendo quarto maior comprador desses insumos do mundo, o país não é formador de preços no mercado internacional.
- Não se faz indústria de fertilizantes forte sem um país com um governo de vocação agrícola. Mas o governo não tem. Precisamos de uma política de gás, de preços de energia.
Elizabeth chamou a atenção para a necessidade de planejamento. Na opinião dela, esse plano passa por novas pesquisas e pela permissão para novos investimentos de empresas internacionais.
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