Acabo de chegar de uma viagem de 12 dias na China e voltei impressionada com o desenvolvimento daquele país. A China que conheci há 11 anos era outra; não tem nada a ver com o país moderno, dinâmico e produzindo com qualidade e vontade de ser o melhor e maior do mundo.

A infra-estrutura portuária, estradas de rodagem, aeroportos e galpões para distribuição logística são efetivamente estarrecedores, uma vez que foram feitos não só para atender a demanda de hoje, mas também aquela projetada para os anos 2020 e 2030.

Os portos chineses contam com equipamentos de carga e descarga modernos, que atingem graus de eficiência superiores, tais como os almejados pelos grandes portos ocidentais, sem falar na questão do custo neste setor, onde eles também são imbatíveis, pois possuem a melhor relação custo x produção x eficiência do mundo.

Não creio que os Estados Unidos consigam sanar seus problemas financeiros a curto prazo, bem como venham a se recuperar da crise atual nos próximos quatro anos, ainda que com o novo presidente eleito, que prometeu reformular o país dentro dos moldes bem sucedidos dos democratas e trazendo a cara do novo na pessoa do Sr Barack Obama.

Apesar dos problemas financeiros que assolam os EUA ainda não terem chegado ao fundo do poço e refletirem para o mundo ocidental o temor do que ainda há por vir, vejo que a China fará dessa crise sua grande oportunidade.

A evidente condição desumana de trabalho dos chineses, aliada ao fato do respeito aos semelhantes e ao meio ambiente ainda não fazerem parte da cultura desse povo, não podemos ocultar; porém, por outro lado, o grau de investimentos e a solidez do Banco da China somados à vontade de acertar do chinês é incontestável.

Esse país está pronto para conquistar cada vez mais espaço no cenário internacional e a despeito de suas cópias e réplicas o povo chinês já começa a sentir orgulho de si, de seus semelhantes e dos feitos alcançados, mirando o ocidente para avaliar o que fazemos de errado para que eles tomem o rumo de sua história, evitando nossos erros e copiando as nossas conquistas.

Obrigada e até a próxima,

Elizabeth Chagas