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Ano novo traz sempre o desejo que esse seja o melhor de todos os anos de nossas vidas |
SP, 28 de Janeiro de 2008 |
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Caros amigos (as),
Plano pessoal aparte, o foco é aqui é o agronegócio, onde a previsão é de céu azul de brigadeiro para 2008!
Safra plantada, soja precoce já com colheita começada na semana passada, índices de produtividades grandes e esperança de estarmos frente a uma safra brasileira recorde em todos os sentido.São esperadas 139 milhões de toneladas, assim sendo, a agricultura reafirma sua importância em nossa economia.
O preço das commodities agrícolas nunca estiveram tão caras, a arroba do boi chegou a valores jamais capazes de serem previstos há um ano atrás, mesmo pelo melhor economista, pecuarista ou consultor.
Infelizmente os aumentos dos insumos agrícolas jamais estiveram tão altos e a perspectiva é que essa onda de aumentos continue, já que fertilizante e mineral para engorda de gado, frango e porco, esta diretamente ligado às cotações do petróleo e do gás natural.
Mas sabemos que mercado em alta eleva a cadeia inteira de preços e somente ganhamos dinheiro em momentos de falta absoluta de tudo, que é o que estamos vivendo hoje. O enxofre uma das principais matéria-prima para fabricação de acido sulfúrico e acido fosfórico dobrou de preço e pior do que isso sua escassez é um fato. Por outro lado os estoques de grãos jamais estiveram tão baixos, e segundo fonte do Governo Americano não temos mais do que 30 dias em alguns casos.
O mundo demanda um alto consumo de fertilizantes, maior necessidade por alimentos e por grãos para produção de ração animal e de biocombustiveis.Segundo a IFA a demanda de fertilizantes mundial deverá crescer 2,6% a.a. até 2.011, mas a ANDA aqui no Brasil já projeta um crescimento de 4,5 a.a.por igual período, ou seja iremos crescer quase que perto do dobro previsto para o planeta. Temos produtividade alta, uma agricultura sustentável, sem subsídios do Governo e um mercado mundial ávido e faminto por proteínas, já que os bolsões de prosperidade mundial querem comer "carnes" e o Brasil é o grande candidato a ser o dono desse mercado.( Hoje já respondemos por 30% do mercado de exportação de carne do mundo).
A revista "The Economist" fez uma belíssima reportagem sobre o fim da era do alimento barato, e ai de novo reiteramos nossa posição de grande produtor e exportador de grãos e carne para o mundo, a um custo de produção ainda barato devido a enorme produtividade alcançada por nossos agricultores. A pecuária também adentra a uma nova era onde a mineralização veio para ficar e deverá ser cada vez mais usada como forma de produzir-se mais carne a um custo inferior, mais seguro e mais rápido. A recessão americana chegou, só não conhecemos seu tamanho, sua duração e quanto o mundo deixará essa economia a mercê de sua crise sozinha, já que ela irá resvalar em toda a economia mundial. Acredito que o mundo capitalista rico, principalmente a Europa, irá ajudar de todas as maneiras, para fazer dessa crise a menor possível.
Nós, pela primeira vez na vida, estamos dentro desse cenário turbulento, com bolsas perdendo grandes quantidades de papel moeda, mas sem maiores dores, já que aqui no Brasil apenas os mercados especulativos estão perdendo dinheiro, pois a arroba da carne continua com seu preço em alta, a soja, o milho, o feijão, a cana continuam valendo o mesmo em dólar, independentemente desses produtos ainda estarem grudados a terra. No campo o valor do dinheiro não tem a fraqueza dos papéis bancários, dos dinheiros nos cofres dos bancos, das ações das empresas negociadas na bolsa; lá um prato de comida vale quanto pesa e quanto a fome do mundo paga para recompor seus estoques reguladores de comida/grãos.
Acredito e assino embaixo que a nossa agricultura é uma das mais promissoras áreas de nossa economia, dentro desse admirável mundo novo que estamos vivendo, repleto de boquinhas com olhinhos puxados querendo e podendo pagar para comerem e com um mundo cada dia mais consciente de que necessita encontrar substituto para os combustíveis poluentes fósseis que vinhamos usando . Bom ano a todos, e que saibamos ter sabedoria e a paciência para atravessarmos os problemas logísticos e portuários que ainda teremos pela frente, antes de colocarmos nossa nova safra agricola em seus locais de compra!
Obrigada e até a próxima,
Elizabeth Chagas |
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