Altas das Commodities Agrícolas e Petróleo impactam na alimentação do Mundo
SP, 06 de Maio de 2008
Caros amigos (as),

As altas dos preços das commodities agrícolas e a conseqüente elevação do custo da comida é tema de todos os veículos de comunicação no  mundo, uma vez que este  quadro carrega a ameaça de mais pessoas com fome no planeta.

Pela primeira vez, em plena colheita de  nossa safra agrícola, os grãos estão em alta. Soja, milho, arroz e feijão estão com seus preços em patamares nunca vistos, e a arroba do boi continua subindo, quando ainda dispomos de pastos e chuvas.

De outro lado, os países pobres que sempre viveram da ajuda de órgãos internacionais sofrem o impacto dos aumentos das commodities agrícolas, uma vez  que inviabilizam os países ricos a manterem o auxílio com os mesmos volumes de comida, anterior a alta dos últimos doze meses.

Segundo a APAS – Associação Paulista de Supermercados, no Brasil, o feijão acumula aumento de 168,44% de alta, óleo de soja 56,18%, farinha de trigo 17,60%, macarrão 17,56%, pão francês 15,49%, arroz 7,66%. Estas são as altas taxas que nós brasileiros estamos enfrentando nos alimentos, porém o mundo faminto, com seus estoques beirando o caos de tão baixos, enfrentam valores bem mais altos que os nossos preços, e já começam a clamar por soluções.

Este movimento da elevação dos preços das commodities é provocado pelo alto custo do petróleo, e pela grande demanda dos países asiáticos, especialmente a China e a Índia; estes países trouxeram para o mercado novas bocas que saíram da qualidade de miseráveis e hoje possuem condições de se alimentarem melhor.

Esses novos consumidores de alimentos estão ávidos por novas experiências alimentares e por dietas mais completas em termos de proteínas e vitaminas, combustível energético que antes não fazia absolutamente parte de suas dietas.

Para alegria do Brasil, tanto o mundo pobre quanto o rico passaram a comer mais carne, porém isto demanda mais grãos para a engorda dos animais. É importante salientarmos que para cada quilo de carne de frango são necessárias 330 gramas de milho/soja, e para o boi a situação é ainda mais forte, pois em cada quilo de carne bovina temos embutido 700 gramas de milho/soja.

Aliada a essa demanda maior de grãos para a produção de carnes há também a questão dos biocombustíveis, que nos Estados Unidos e na Europa são derivados de milho, soja e outros grãos.

Diante deste cenário, o mundo civilizado e rico procura alternativas de combustíveis mais limpos, que agridam menos a  mãe natureza e lutem contra o petróleo ultrapassando US$120,00/galão, usando para esse fim a comida escassa do mundo pobre e faminto. 

Obrigada e até a próxima,

Elizabeth Chagas

 
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  After working for 30 years in the agribusiness and logistics areas, executive Elizabeth Chagas, attentive to the development and potential of the Brazilian agribusiness, noted that, to that time, small and medium-sized rural producers did not have at their disposal consulting services to meet their demands in their expertise areas which are import, export and domestic and international logistics... [more]  
   
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